lundi 28 septembre 2009

Les arabes avant l'islam/OS ÁRABES ANTES DO ISLÃO

Texte traduit en portugais par mon étudiant en mestrado de Mertola: Luís Filipe Maçarico



OS ÁRABES ANTES DO ISLÃO

DIREITO DE ACOLHIMENTO E VALORES MORAIS

Um outro costume de grande honra, entre os Árabes, era o direito de vizinhança e de hospitalidade de passagem.
A honra impunha a todo o homem de prestar assistência ao seu vizinho, de o convidar para a refeição, que lhe oferecia, de o associar às suas alegrias e tristezas, de nada fazer contra ele, de não o trair em nada, considerando suas filhas e esposa como sagradas.
Pela mesma razão, o hóspede era sagrado e tinha direito à hospitalidade durante, pelo menos, três dias; Um ditado prescrevia a este respeito:"Ao hóspede deve servir-se o melhor que existe na tenda, velando-se por ele até ao amanhecer e quando sair, deve ser acompanhado até se sentir em segurança."
Outros costumes que seria demorado enunciar nestas páginas limitadas, denotam entre os árabes pagãos um ideal moral, implicando,a par de certos hábitos selvagens, particulares de algumas tribos, como o enterramento de meninas recém-nascidas vivas, qualidades excepcionais: coragem e lealdade nos combates, fidelidade à palavra dada, protecção dos fracos, respeito pela velhice, desprezo pela morte, uma franqueza que não temia a grosseria, uma paixão marcada pela poesia, um profundo sentimento de igualdade, uma grande sensibilidade e o culto da beleza feminina. As mais altas virtudes da raça eram aos seus olhos a eloquência, a generosidade e a bravura simbolizada pelo sabre.
Por todas estas razões, a história dos Árabes pagãos, antes da sua islamização, será a história não só de um povo, mas a história de grupos tribais caracterizados por uma morfologia social rígida, uma anarquia crónica.


A IDOLATRIA

A grande maioria dos Árabes, antes do Islão, era idólatra. Eles adoravam divindades importadas, babilónicas ou gregas e divindades locais....Alguns eram adorados por todos os clãs, outros tinham um carácter estritamente tribal. Um provérbio muito citado recomenda:
"Quando entrares numa aldeia, jura pelo seu Deus."
Havia no templo da Caaba em Meca mais de 300 ídolos, que o profeta, segundo certos testemunhos, quebrou no próprio dia da conquista desta cidade.
Tal como os Gregos, que reconheciam primazia a Zeus, os Árabes pagãos colocavam ao lado das suas divindades um Deus superior, Allah. Mas eles não acreditavam na vida futura "A Natureza", diziam eles, "faz viver e o tempo faz perecer." Eles impunham com desprezo e galhofa a todos aqueles que falavam de ressurreição, qualificativos redutores, lembrando fábulas ingénuas e primitivas. A sua religião não implicava nenhuma liturgia particular e tinha acima de tudo um carácter astral ou mágico. Ela regia-se por um conjunto de ritos e práticas: peregrinações, procissões, piras, orações, súplicas, o culto das pedras negras (meteoritos), de certas árvores, de certos animais, de certas pedras e de determinados astros, como a lua.
O gado oferecido em intenção das divindades, era sacrificado e com o seu sangue aspergia-se o ídolo, em honra do qual ele seria doado.

1 commentaire:

oasis dossonhos a dit…

Chokrane Mr. Professeur Saadane Benbabaali!

J'ai eu l'honneur d'écrire quelques mots a propos de votre travail dans le blogue "Águas do Sul/Eaux du Sud"

http://aguasdosul.blogspot.com/2009/09/o-blogue-do-professor-saadane.html

Avec mes respecteux cumpliments
Luís Filipe Maçarico